Cólica menstrual: até que ponto é normal?

Imagem ilustrativa: Pixabay free download.

A cólica menstrual é uma realidade para milhões de mulheres e pode impactar diretamente a qualidade de vida, a produtividade e o bem-estar delas. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 50% das mulheres em idade reprodutiva sentem cólicas durante o período menstrual.

A dor tem origem na liberação de prostaglandinas, substâncias responsáveis por estimular as contrações uterinas para a eliminação do endométrio, camada interna do útero que se renova a cada ciclo. Quanto maior a liberação dessas substâncias, mais intensas são as contrações e, consequentemente, a dor sentida.

Além disso, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 10% das mulheres em idade fértil sofrem com a endometriose, doença inflamatória crônica que pode demorar anos para ser diagnosticada, justamente por a dor ser frequentemente naturalizada.

Segundo Sérgio Rocha, ginecologista da Santa Casa de São Roque, unidade administrada pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” – Cejam, em parceria com a prefeitura da cidade, é fundamental diferenciar a cólica considerada normal daquela que pode sinalizar problemas como endometriose, miomas uterinos ou doença inflamatória pélvica.

O tratamento das cólicas varia conforme o grau de dor e a causa. “Cólica leve pode ser tratada com medicação em casa; moderada, com suporte hospitalar – nos casos graves, pode haver necessidade de intervenção cirúrgica. A dor é considerada normal quando não compromete a rotina da mulher. Já as cólicas incapacitantes merecem atenção especial”, afirma o médico.

Além do uso de medicamentos, práticas como atividade física regular, alimentação equilibrada e compressas de água quente podem ajudar a reduzir os sintomas. Em alguns casos, o uso de anticoncepcionais hormonais também pode ser recomendado como forma de controle. “A medicina alternativa, como acupuntura, fisioterapia e pilates, pode ajudar a combater dores mais leves (as cólicas simples). Já nas cólicas de forte intensidade, o efeito costuma ser mais limitado”, complementa.

Sérgio Rocha, da Santa Casa de São Roque, lembra que visitas regulares ao ginecologista são fundamentais para o esclarecimento de dúvidas e detecção precoce de problemas de saúde.

O profissional também destaca que manter uma rotina equilibrada fortalece o sistema imunológico e contribui para a regulação dos níveis hormonais, especialmente em pacientes que adotam hábitos saudáveis, como uma boa alimentação e noites de sono adequadas. Ele ressalta ainda que esse estilo de vida não apenas alivia as cólicas, mas ajuda na prevenção e no controle de diversas outras doenças e sintomas.

O estresse e a ansiedade podem amplificar a percepção da dor e desregular o ciclo menstrual. “O sistema nervoso central é o comando do corpo. Se a paciente está tranquila, em um ambiente emocionalmente equilibrado, a cólica tende a ser de menor intensidade. Portanto, uma mulher que está bem psicologicamente pode ter suas dores menstruais amenizadas”, afirma o especialista.

A instituição

O Cejam – Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” é uma entidade filantrópica e sem fins lucrativos. Fundada em 1.991, atua em parceria com o poder público no gerenciamento de serviços e programas de saúde em São Paulo, Rio de Janeiro, Mogi das Cruzes, Campinas, Carapicuíba, Barueri, Franco da Rocha, Guarulhos, Santos, São Roque, Ribeirão Preto, Lins, Assis, Ferraz de Vasconcelos, Pariquera-Açu, Itapevi, Peruíbe e São José dos Campos.

A organização faz parte do Instituto Brasileiro das Organizações Sociais de Saúde (Ibross) – tem a missão de ser instrumento transformador da vida das pessoas por meio de ações de promoção, prevenção e assistência à saúde.

Siga o Cejam nas redes sociais (@cejamoficial) e acompanhe os conteúdos divulgados no site da instituição. Fonte: <deusarina.santana=maquinacohnwolfe.com@imxsnd53.com>

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