Use telas sem prejudicar a visão e o sono

Crianças e adolescentes - Produção retrata de forma impactante como o bullying e a perseguição virtual podem afetar profundamente a saúde mental dos jovens, levando a consequências extremas. Além disso, destaca o papel de grupos anônimos na internet, que podem amplificar comportamentos hostis e intensificar o sofrimento de pessoas mais vulneráveis. (Imagem ilustrativa: Pixabay free download)

As telas fazem parte de diversas atividades do dia a dia: no trabalho, nos estudos, nas conversas online com familiares e amigos, nas compras, na forma como se busca informação e entretenimento. E, entre as crianças e os adolescentes, não é diferente.

Se há algumas décadas os pais se preocupavam em tirar os filhos da frente da TV ou do videogame, hoje é preciso monitorar também o tempo deles no computador, notebook, tablet e celular. Especialmente porque, ao serem usados de forma intensa, esses equipamentos podem cansar a visão, prejudicar a qualidade do sono e antecipar problemas visuais, como miopia, astigmatismo e hipermetropia.

De acordo com Fabio Pimenta, oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da Rede Vision One, “sintomas como ardor, visão embaçada, olho seco e vermelho estão relacionados com o cansaço visual, mas, uma vez que a pessoa interrompe a exposição, ela pode recuperar a superfície do olho e ele volta a ficar bom de novo”.

Por outro lado, o uso excessivo de telas, principalmente por crianças e pacientes predispostos, pode gerar um aumento do grau ou antecipar doenças refrativas. A pessoa começa a ter uma visão menos nítida, dor de cabeça e, com o tempo, aumento da dificuldade para enxergar, complementa o médico.

Um dos cuidados é com a distância da tela, alerta o oftalmologista, que dá algumas dicas para preservar o conforto visual: procure deixar o topo do monitor do computador ou do notebook alinhado horizontalmente com seus olhos; ao utilizar computador ou notebook, o ideal é mantê-lo a uma distância equivalente a de um braço; evite sentar próximo da tela da TV, sendo que quanto maior seu tamanho, mais distante você deverá ficar; para smartphones e tablets, a distância recomendada é de cerca de 40 cm.

Outra medida essencial durante o uso de telas é realizar uma pausa a cada 30 minutos para descansar a visão, explica o médico. Em alguns casos, podem ser indicados colírios lubrificantes para reduzir a sensação de olho seco. A pessoa também pode regular a luminosidade da tela, piscar algumas vezes para ajudar a manter a hidratação natural dos olhos ou utilizar óculos com filtro de luz azul.

Fabio Pimenta reforça que, especificamente em relação às crianças, “o Conselho Brasileiro de Oftalmopediatria e o Conselho Brasileiro de Pediatria orientam que até os dois anos de idade não se deve ter nenhum contato com telas. A partir daí, o limite poderá ser de até duas horas por dia, com supervisão, até os seis, sete ou oito anos, de acordo com a necessidade de estudos e comunicação”.

O oftalmologista lembra que “as telas emitem uma luz azul que interfere na produção da melatonina, hormônio que regula o sono. Por isso é importante interromper qualquer atividade com celular ou outro tipo de tela pelo menos uma hora antes de dormir”. Isso significa que ao manter o uso do dispositivo eletrônico após se deitar você deixará de entrar em estado de relaxamento e, consequentemente, terá uma qualidade de sono inferior, interferindo nas suas atividades diárias.

Fonte: Sig Eikmeier <sig@targetsp.com.br>

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