Como identificar se uma praia é ou não imprópria para banho

Imagem ilustrativa: Pixabay free download.

Estudo do IBGE aponta que 46,2% dos brasileiros procuram por sol e praia como o principal tipo de lazer. Especialistas alertam que é necessário tomar alguns cuidados antes de escolher o local. Ter contato com praias impróprias para banho, seja na areia ou na água, pode causar doenças devido à exposição a bactérias. 

Para identificá-las, é necessário que o cidadão entenda o que é ‘balneabilidade’, termo referente à qualidade das águas utilizadas para recreação de contato primário, como natação, mergulho e esqui aquático, em que há alta possibilidade de ingestão acidental do líquido.

Segundo a Cetesb, as praias são classificadas em duas categorias baseadas nas densidades de bactérias fecais: própria e imprópria. São três subcategorias na categoria ‘própria’: excelente, muito boa e satisfatória. 

Amostras são coletadas ao longo de cinco semanas consecutivas. A legislação estabelece três indicadores microbiológicos para avaliar a poluição fecal: coliformes termotolerantes (anteriormente conhecidos como coliformes fecais), Escherichia coli e enterococos.

Dentro do critério do órgão para águas marinhas, para uma praia ser considerada imprópria é necessário que a presença de enterococos esteja em densidades superiores a 100 UFC/100 mL em duas ou mais amostras de um conjunto de cinco ou com valores acima de 400 UFC/100 mL na última amostragem. 

Uma praia também pode ser classificada como ‘imprópria’ em outras situações que desaconselham o contato direto com a água. Como: presença de óleos, casos de maré vermelha, floração de algas potencialmente tóxicas ou surtos de doenças transmitidas pela água.

Os termos são definidos por resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente, mas cada Estado faz a avaliação de suas próprias praias. 

Alguns Estados litorâneos costumam divulgar boletins dentro de uma certa periodicidade mostrando a qualificação para que o cidadão possa se organizar. Em São Paulo, o monitoramento é divulgado semanalmente com o período de amostragem e as praias divididas por localização.

Confira quais outros Estados também oferecem esse serviço: Ceará, Bahia, Rio de Janeiro, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Espírito Santo, Alagoas,

Santa Catarina e Maranhão.

Tive contato. E agora?

De acordo com Ana Paula Pierro, dermatologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, quem tiver contato com a areia de uma praia imprópria corre o risco de contrair larva migrans, que é o bicho geográfico, micoses devido a fezes de animais na praia e irritações e queimaduras de algas e água-vivas. No caso da água, pode ter uma gastroenterite, salmonella, singela e até uma toxoplasmose.

Em caso de contato, é necessário buscar tratamento médico. “Para proteger, teria que não entrar na água. No caso da [contaminação na] praia, não se sente diretamente na areia. Faça a opção por sentar-se numa toalha, numa cadeira, para não ter esse contato direto com a areia”, explica a profissional.

Fonte: terra.com.br (reeditado).

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