Avaliação da pupila ajuda a identificar lesões cerebrais graves

Dica - Dilatação ou contração pupilar pode indicar pistas importantes em pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas. (Crédito: imagem iustrativa do Pixabay free download.)

A pupila é responsável por regular a quantidade de luz que entra no olho, para que possamos enxergar em diferentes condições de luminosidade. Em locais com maior claridade ela se contrai para proteger a visão do excesso de luz. Já em ambientes mais escuros, a pupila dilata para permitir maior entrada de luz. Localizada no meio da íris e, , conhecida como a “Menina dos Olhos”, ela tem um papel fundamental na nitidez da visão, mas sua função é ainda mais ampla! Esta pequena abertura circular e escura no centro do olho pode revelar sentimentos, problemas oculares e até indicar doenças neurológicas.

A avaliação pupilar é um dos exames realizados nos atendimentos de emergência para avaliar a gravidade da condição do paciente e orientar o tratamento. “Ocorrências verificadas na pupila, como mudanças em seu tamanho e forma, podem indicar pistas importantes para identificar um acidente vascular cerebral (AVC), trauma craniano, aumento da pressão intracraniana, entre outras condições”, esclarece Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, neuro-oftalmologista do H.Olhos, Hospital de Olhos da rede Vision One.

O médico cita algumas circunstâncias que podem ser refletidas pela pupila:

– situações de excitação, medo, raiva, estresse, entre outras emoções, geram uma reação involuntária do sistema nervoso simpático que causa a dilatação da pupila;

– a ingestão de alguns medicamentos, de bebidas alcoólicas ou de drogas pode deixar a pupila dilatada;

– lesões oculares podem danificar os músculos que controlam a pupila e alterar seu formato ou tamanho;

– pupilas desiguais ou que não reagem à luz podem ser sinal de doenças do sistema nervoso ou do cérebro.

De acordo com Matheus Bedendo Rodrigues da Silva, “nos pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas, a resposta das pupilas à luz durante a avaliação pupilar ajuda a identificar possível dano ou lesão grave no cérebro. Em condições normais, o que se espera é que as pupilas possuam o mesmo diâmetro e diminuam de tamanho diante do feixe de luz. Caso isso não ocorra, são realizados mais exames para se chegar a um diagnóstico preciso”.

Já nas consultas oftalmológicas, um exame de rotina é o de ‘fundo de olho’, uma forma simples e não invasiva de visualizar os olhos, as artérias e as veias. Também chamado de fundoscopia, ele é realizado após a dilatação da pupila com colírio e auxilia no diagnóstico de doenças oculares como glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). Este exame também pode indicar diabetes e hipertensão arterial. Para prevenir estas e outras doenças, é importante consultar o oftalmologista regularmente para realizar o procedimento quando necessário.

Fonte: Sig Eikmeier <sig@targetsp.com.br>

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