Telas: os impactos nas crianças devido à exposição precoce

(Foto: Divulgação)

O número de telas (smartphones, televisores, telões, tablets) não para de crescer. O Brasil é o segundo país com mais tempo de visualização – média de 9h13/dia, segundo pesquisa da Electronics Hub.

Conforme estudo da Tik Kids On-line Brasil, de 2.023, durante a primeira infância (até os 6 anos), 23% dos pequeninos já se conectam à internet. Em 2.015 o percentual era de 11%. Outra pesquisa, da Universidade Eötvös Loránd (Elte), na Hungria, mostra que filhos pequenos de todo o mundo já preferem ficar em frente a telas do que passar tempo com os pais.

Esse alto índice de exposição aos smartphones e à internet cada vez mais cedo tem influenciado o desenvolvimento dessas crianças. Segundo Carolina Affonseca, pediatra e professora da Afya Educação Médica, é necessário manter os bebês longe dessas tecnologias. “Os primeiros mil dias de uma criança são os que precisam de mais atenção, pois, neste período, ocorre um grande desenvolvimento cerebral e, para que ocorra de forma adequada, necessita de estímulos de todos os sentidos: paladar, tato, olfato, audição e visão. A presença dos pais e da família são incentivos imprescindíveis e não podem ser substituídos por telas”, explica.

Segundo a médica, a exposição às tecnologias, principalmente quando ocorre por tempo prolongado, traz graves prejuízos aos infantes. “Estudos comprovam que os bebês que são expostos passivamente a telas por longos períodos podem apresentar atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem”, explica. “Outra preocupação é que o brilho das telas inibe a produção de melatonina, hormônio relacionado ao sono, fazendo com que o bebê apresente dificuldade para dormir. E o sono de qualidade é fundamental para a produção dos hormônios necessários ao crescimento adequado”, acrescenta.

A recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que crianças menores de 2 anos não sejam expostas a telas. Já para aqueles entre 2 e 5 anos, o uso deve ser limitado a, no máximo, uma hora por dia. As crianças que têm entre 6 e 10 anos não devem ultrapassar duas horas de telas diariamente. Essas recomendações são apoiadas por instituições internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Afya, líder em educação e soluções para a prática médica no Brasil, reúne 38 instituições de ensino superior em todas as regiões do país, 32 delas com cursos de medicina e 20 unidades de pós-graduação e educação continuada em áreas médicas e de saúde.

São 3.583 vagas de medicina autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC), com mais de 20 mil alunos formados nos últimos 25 anos.

Em 2024, a empresa passou a integrar o Programa “Liderança com ImPacto”, do pacto Global da ONU no Brasil, como porta-voz da ODS 3 – Saúde e Bem-Estar. Mais informações no site oficial e no site de relações internacionais.

Fonte: Susana de Souza/àsClaras Comunicação/<susana@asclaras.jor.br>

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