Mais de 34,4 milhões de eleitores vão escolher, em 6 de outubro (um domingo), prefeitos e vereadores em 645 municípios de S. Paulo. Urnas eletrônicas passam por auditorias e testes periódicos. Um dos instrumentos que reforçam a transparência são os Boletins de Urna (BUs), emitidos logo após o encerramento de cada seção eleitoral. Os BUs exibem o número de votos de cada candidato e podem ser utilizados para contagem manual. Em cidades pequenas, é possível que a candidatura vencedora seja conhecida antes mesmo da divulgação oficial do resultado pelo TSE.
O presidente do TRE-SP, Silmar Fernandes, destaca que a apuração dos votos ocorre na própria urna, com a emissão dos BUs, ao fim da votação. “Os fiscais vão com o seu celular, escaneiam o QR-Code impresso no BU e já têm o resultado daquela urna. Eles se comunicam para fazer a apuração. Tem cidades em que às 17h10/17h15, você sabe quem é o vencedor. Eles começam a comemorar antes da divulgação do resultado oficial. E quando o resultado é divulgado, bate exatamente com aquilo que os próprios candidatos ou fiscais constataram horas atrás”, explica.
Além do total por candidato, os BUs exibem os votos por partido, os brancos e os nulos, os dados de comparecimento do eleitorado, a identificação da seção e da zona eleitoral, a hora de encerramento do pleito e o código interno da urna eletrônica, entre outras informações.
A urna emite cinco vias obrigatórias do boletim ao fim da votação e que são enviadas à junta eleitoral e distribuídas entre os fiscais. Uma das cópias também é afixada no local de votação. Entidades fiscalizadoras podem solicitar outras vias para análise no momento do encerramento.
O QR-Code da versão impressa do BU pode ser lido com um celular por meio do Boletim na Mão, aplicativo oficial da Justiça Eleitoral, disponível nas lojas Google Play e App Store. Posteriormente, os dados do Boletim de Urna podem ser confrontados com os divulgados na página ‘Resultados do TSE’ ao fim do pleito.
Os votos de cada urna mostrados nos BUs ainda são registrados no arquivo Registro Digital do Voto (RDV), tabela digital que grava cada voto digitado no equipamento de forma embaralhada, tornando impossível a identificação de eleitores pela ordem de votação. Esse arquivo RDV é assinado digitalmente, com aplicação do registro de horário, para garantir a segurança. A assinatura digital e os códigos únicos chamados “hashes” asseguram a integridade e a autenticidade dos dados e dos programas que rodam na urna, impedindo qualquer alteração indevida.
Para o desembargador Silmar Fernandes, o sistema eletrônico garante a segurança do processo eleitoral. “Usamos as urnas desde 1.996, são 28 anos. Não temos indício algum de que ela pode ser fraudada. Mas é bom repetir: a urna eletrônica não tem acesso à internet, possui várias camadas de segurança. Além de a apuração do resultado já acontecer em cada urna, na hora de transmitir os dados para a totalização dos votos, a rede é criptografada, então o sistema é confiável, não tem um caso concreto que se possa dizer que houve fraude”, afirma.
Apuração
Qualquer cidadão pode acompanhar a apuração em tempo real após o encerramento da votação. A divulgação é feita no Portal do TSE e pelo aplicativo Resultados, disponível nas lojas virtuais App Store e Google Play. Pela ferramenta, é possível consultar o nome do candidato ou o cargo em disputa. Também são disponibilizados dados sobre comparecimento e abstenção, número de votos válidos, brancos e nulos, bem como o total de seções.
Fonte: imprensa@tre-sp.jus.br