A introdução da inteligência artificial (IA) no ambiente educacional traz uma série de oportunidades e de desafios tanto para os estudantes quanto para os profissionais. À medida que plataformas, como o ChatGPT, o Copilot e o Gemini, se tornam mais acessíveis, é essencial que as instituições de ensino reflitam sobre como integrar essas ferramentas de forma responsável para evitar que o aprendizado dos alunos seja comprometido.
Hoje, crianças e adolescentes que estão em fase escolar têm, com um simples comando virtual, acesso a todo tipo de informação. Respostas precisas sobre assuntos diversos, dicas sobre viagens e resumos de livros são apenas algumas das mensagens que as ferramentas de IA oferecem. Com essa facilidade, as atenções das instituições e dos professores devem estar voltadas ao mal uso dessas plataformas.
Para Everton Drohomeretski, diretor administrativo do Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe/PR), a IA é uma nova ferramenta de pesquisa, assim como eram as bibliotecas e, posteriormente, os mecanismos on-line de buscas. No entanto, para que o uso contribua para o processo de aprendizagem, é indispensável que seja ligado à tutoria de um professor e ao acompanhamento da família. “Se você dá um microscópio a um aluno que não foi orientado pelo professor, há risco de ele usar esse microscópio de forma incorreta e não tirar proveito dele”, diz. Da mesma forma acontece com a IA.
Com orientação adequada, é possível despertar a consciência no estudante, para que as ferramentas tecnológicas se tornem propulsoras para o desenvolvimento. Para que esse cenário aconteça, é essencial que os educadores estejam capacitados para orientar as novas gerações em relação à utilização das ferramentas. Drohomeretski ressalta que programas de formação continuada e de fácil acesso podem colaborar para o desenvolvimento de metodologias que integrem as novas plataformas ao dia a dia em sala de aula de forma proveitosa.
Muitas vezes, a IA vai criar respostas. Sem a tutoria de um professor, o indivíduo acabará fazendo um trabalho com informações que não são reais. Como uma ferramenta complementar para o aprendizado, para a pesquisa e para o estudo, ela é muito importante, desde que o aluno seja orientado, conclui o diretor.
Sinepe/PR
Desde 1.949, o Sinep/PR representa as escolas por meio de ações que possam conquistar ganhos para todo o grupo de estabelecimentos – junto ao poder público, aos meios de comunicação e até na esfera jurídica. Tem como um de seus objetivos estreitar as relações entre os proprietários de escolas conhecendo suas necessidades e representando-os junto a outros segmentos; propiciar meios para aprimorar a atuação dos estabelecimentos de ensino, por meio de atividades educacionais e culturais, promovendo e zelando pela conduta ética dos seus associados. O Sinepe/PR oferece às escolas associadas apoio e orientação necessários ao bom desempenho de suas atividades, nas áreas pedagógica, administrativa e jurídica.
Fonte: Milena Campos milena@v3com.com.br/Sinepe/PR