Governo inaugura centro para expandir teleatendimento em saúde em SP

(Foto: Ilustração/Tumisu/Pixabay)

Governo de São Paulo, desde segunda-feira (19/8), conta com o Centro Líder de Inovação em Saúde Digital do Estado, como parte do plano de expandir o teleatendimento na rede pública de saúde.

O centro, uma parceria da Secretaria de Estado da Saúde com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), será coordenado a partir do Instituto Perdizes do HC.

No instituto, instaladas 98 estações de teleatendimento e um painel de monitoramento que apoiará a tomada de decisões. “É uma revolução silenciosa”, diz o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

No local, “vamos orquestrar todos os projetos e fazer a integração de uma gama de inovações na área digital”, observa Eleuses Paiva, secretário estadual da Saúde.

O Centro “vai fazer os testes de qualidade, aprimorar essas ideias para que depois possamos compartilhar o conhecimento por todo o Estado de São Paulo e vermos isso aplicado na prática clínica o mais breve possível”, acrescenta.

De acordo com o secretário, o serviço resulta de iniciativas do NHS (sistema público de saúde britânico) e da renomada Johns Hopkins University, nos Estados Unidos. O programa possui um investimento previsto de R$ 166 milhões.

Como funciona

O centro conecta os quatros modelos de telesaúde adotados no Estado: atenção primária, especializada, hospitalar e assistência à população privada de liberdade.

No caso da atenção básica, considerada a porta de entrada para o sistema de saúde, o serviço é chamado de Tele Atenção Primária em Saúde (TeleAPS). O paciente procura uma Unidade Básica de Saúde (UBS), com ou sem agendamento, e, após a triagem, é encaminhado para uma sala de teleatendimento para consulta com um profissional especializado em Medicina de Família e Comunidade ligado ao HC.

Até agora, 30 municípios aderiram à iniciativa, que contabiliza mais de 8 mil teleatendimentos. Nesses, a taxa de resolutividade foi de 82%, ou seja, oito em cada dez consultas não demandaram encaminhamento para outros médicos.

De acordo com a secretaria, além da oferta de serviços nas UBSs, serão utilizados tablets para que as teleconsultas sejam realizadas com os pacientes que precisam de acompanhamento domiciliar. O plano é expandir o modelo gradativamente para todos os municípios paulistas.

Outro projeto relacionado à atenção básica é o TeleSAP, que oferece teleatendimento em 26 unidades prisionais. De acordo com a pasta, até a primeira semana de agosto, mais de 1,3 mil pessoas foram atendidas em 1,5 mil consultas, incluindo as especialidades de psiquiatria, ortopedia, neurologia, cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, infectologia, hematologia e nefrologia.

Para atendimentos da atenção especializada, o Estado oferece o “AME+ Digital”. Neste momento, o modelo disponibiliza assistência à população privada de liberdade em 63 unidades prisionais que possuem corpo médico para atendimentos internos. Nos próximos meses, ele começará a oferecer um serviço híbrido nos AMEs Dracena, Ourinhos, Itapeva e Botucatu. A ideia, afirma o governo, é driblar a falta de profissionais especializados em algumas regiões.

Na alta complexidade, o TeleUTI foi concebido para auxiliar as equipes dos hospitais da rede pública de saúde com discussões dos quadros clínicos de pacientes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI). A iniciativa está em fase de treinamento dos profissionais de saúde.

Fonte: Leon Ferrari/terra.com.br

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