Glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo

Dica - Dilatação ou contração pupilar pode indicar pistas importantes em pacientes que tiveram algum tipo de trauma ou sofrem de doenças neurológicas. (Crédito: imagem iustrativa do Pixabay free download.)

Glaucoma: é importante o diagnóstico precoce dessa doença silenciosa que pode levar à cegueira irreversível. A OMS aponta que se trata da segunda maior causa no mundo – fica atrás apenas da catarata. Segundo a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), mais de 2,5 milhões vivem com a doença. Já o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) estima que 1,5% da população pode ter glaucoma. A incidência do problema aumenta depois dos 40 anos (2%), chegando a mais de 6% após os 70 anos.

O glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão intraocular, que provoca lesão no nervo óptico, comprometendo progressivamente o campo de visão. “Essa alteração leva à perda da visão periférica, como se o paciente enxergasse apenas o que está à sua frente”, explica Fernando Ramalho, especialista em cirurgia refrativa no Oftalmos – Hospital de Olhos, da Vision One, em Santa Catarina.

Embora seja mais comum em pessoas acima dos 40 anos, a doença pode afetar em qualquer idade, inclusive recém-nascidos. “Os pais devem estar atentos à saúde ocular dos filhos, pois uma criança que nasce com glaucoma pode se acostumar com a baixa visão e não relatar problemas”, alerta o médico.

O especialista reforça que, por ser uma doença silenciosa, o glaucoma pode levar anos até apresentar sintomas perceptíveis. “O glaucoma não tem cura, mas tratamento. Um check-up ocular regular é essencial para que o paciente tenha menos complicações da doença”, explica Ramalho. O tratamento pode incluir colírios específicos, procedimentos a laser e cirurgias.

Quatro principais tipos

•    Glaucoma primário de ângulo aberto: apresenta progressão lenta e é o mais comum.

•    Glaucoma de ângulo fechado: mais grave, ocorre quando há bloqueio do trabeculado, podendo levar à cegueira rapidamente.

•    Glaucoma secundário: decorrente de outras doenças, como diabetes e catarata.

•    Glaucoma congênito: decorrente de má-formação do trabeculado desde o útero materno, podendo ser identificado no teste do olhinho.

Vale repetir que o diagnóstico precoce é a chave para manter a qualidade de vida e evitar complicações graves. A população tem de ser estimulada a buscar avaliação oftalmológica e garantir um futuro com mais saúde ocular, finaliza Fernando Ramalho.

Fonte: Gabriel Santos da Silva <gabriel@targetsp.com.br>

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