Com o aumento de casos de dengue em 2.025, grávidas precisam redobrar os cuidados

Gestação – Grávidas e puérperas devem redobrar cuidados. (Foto: Pixabay free download)

Só no início de 2.025, de acordo com painel de monitoramento de arboviroses, o Brasil registra pelo menos 620 mil casos possíveis de dengue, com mais de 300 óbitos e outros 630 em investigação. Qualquer um pode ser atingido pela doença, porém, existem grupos mais suscetíveis a desenvolver a forma grave, entre eles, as gestantes.

Uma vez infectadas, as gestantes apresentam maior risco de desfechos desfavoráveis, quando comparadas às não-gestantes. Por isso, esse grupo demanda atenção especial em termos de prevenção, diagnóstico e tratamento, sendo fundamental para garantir a segurança e o bem-estar das gestantes e puérperas durante esse período crítico, destaca o presidente da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Regis Kreitchmann.

Diante do problema, a ONG Prematuridade.com reforça o alerta para conscientizar as grávidas e os profissionais de saúde sobre os sinais da dengue durante a gravidez. “Por meio de campanhas de conscientização, materiais educativos e parcerias com governo e instituições profissionais, é preciso divulgar amplamente informações sobre como prevenir a dengue, como reconhecer os sintomas e onde procurar assistência adequada, diz a diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani.

De acordo com estudo mais recente, publicado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia), em parceria com a London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM) e Universidade de São Paulo (USP), a dengue hemorrágica aumenta em 2,4 vezes o risco de o bebê nascer prematuro.

As alterações ocorrem principalmente durante a doença aguda. Não existem vacinas contra a dengue liberadas para uso durante a gravidez. “As gestantes devem estar atentas e procurar atendimento assim que notarem os primeiros sintomas, já que eles podem ser confundidos com os de outras condições comuns na gestação”, salienta Denise. Entre os sintomas mais comuns da dengue, estão dor no corpo e nas articulações, febre, manchas avermelhadas, enjoo e dores abdominais.

O sistema imunológico das grávidas é compartilhado com seu bebê, por isso, são mais suscetíveis a infecções, que podem evoluir para quadros mais graves da doença, uma vez que a dengue afeta diretamente a cadeia plaquetária, favorecendo quadros hemorrágicos. A mãe, se infectada nos primeiros meses, corre o risco de sofrer aborto espontâneo. Já, se a infecção ocorrer no segundo e terceiro trimestres de gravidez, o risco é de um parto prematuro, com todas as possíveis complicações relacionadas, como baixo peso e problemas de desenvolvimento do bebê.

Pensando em ações de prevenção à doença no ano passado, a Febrasgo, em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), lançou o “Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério”. O manual foi concebido com o propósito de oferecer orientações específicas e detalhadas sobre a gestão da dengue em grávidas e puérperas, abordando desde o diagnóstico precoce até o tratamento clínico e a prevenção de complicações graves.

Cuidados e prevenção – A ONG Prematuridade.com reforça as ações de combate à proliferação dos mosquitos, evitando focos de água parada e colocando telas em janelas e portas. Além disso, é recomendado o uso de roupas de cor clara, que cubram o máximo possível da pele. O uso de mosquiteiros sobre a cama também ajuda a evitar as picadas. Em relação aos repelentes, os indicados para o uso em gestantes são aqueles à base de “Icaridina”, o “DEET” e o “IR3535”. Em regiões com temperaturas mais elevadas, esses repelentes devem ser utilizados em períodos mais curtos de tempo. É recomendado o uso em toda a área exposta da pele; no caso de roupas de tecidos finos, sugere-se utilizar o repelente sobre a roupa. Link: https://www.febrasgo.org.br/pt/manual-de-prevencao-dengue-na-gestacao

ONG

A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com) é uma organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção do parto prematuro e à garantia dos direitos dos prematuros e de suas famílias. A ONG é referência para ações voltadas à prematuridade e representa o Brasil em iniciativas e redes globais que visam ao cuidado com a saúde materna e neonatal.

A organização desenvolve ações políticas e sociais, bem como projetos em parceria com a iniciativa privada, tais como, campanhas de conscientização, ações beneficentes, capacitação de profissionais de saúde, colaboração em pesquisas, aconselhamento jurídico e acolhimento às famílias.

Fonte: gabriela@predicado.com.br/Assessoria de Imprensa – Predicado Comunicação.

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