Bem-estar e mercado de trabalho

Mariana Cerone - Head de Marketing e Produtos da Up Brasil, empresa que oferece soluções focadas no bem-estar dos trabalhadores. (Foto: Divulgação)

*Por Mariana Cerone.

Uma verdadeira revolução está em curso no mercado de trabalho: 62,87% das empresas brasileiras planejam ampliar os investimentos em benefícios corporativos em 2.025, com 22,8% prevendo aumentos significativos, de acordo com levantamento da Onhappy. Essa mudança reflete a crescente valorização do bem-estar no ambiente profissional, que se torna um dos principais pilares para atrair e reter talentos.

Com a consolidação da ‘geração Z’ no mercado, novas expectativas moldam o futuro das relações trabalhistas. Programas de desenvolvimento pessoal e bem-estar físico estão entre as demandas mais valorizadas por uma força de trabalho que prioriza o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Essa tendência aponta para um mercado mais competitivo, em que as empresas que investem em qualidade de vida terão uma vantagem estratégica.

A urgência dessa mudança é reforçada pelos dados de rotatividade. Em julho de 2.024, o Brasil registrou um recorde de 747.164 demissões voluntárias, aumento de 10,1% em relação ao mês anterior, segundo pesquisa da FGV. No acumulado de 12 meses, essas demissões somaram 8,08 milhões. Entre as principais razões, estão os salários baixos (32,5%) e a busca por novas oportunidades (36,5%), aponta o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Esses dados refletem a insatisfação crescente com condições de trabalho inadequadas e destacam a necessidade de políticas de benefícios mais robustas para garantir a retenção de talentos.

Atentos a essa realidade, os departamentos de RH já incorporam o bem-estar como pilar central nas estratégias para 2.025, alinhando-o à gestão eficiente de recursos e investimentos. As companhias formam parcerias estratégicas com especialistas em benefícios, capazes de criar uma cultura organizacional que promova um clima ético e justo, equilibrando os objetivos da empresa com as necessidades dos colaboradores.

Focar no bem-estar e na qualidade de vida não só demonstra preocupação com a satisfação no ambiente corporativo, mas fortalece a imagem das organizações como marcas empregadoras desejáveis, impulsionando também a produtividade. Programas de suporte psicológico, de incentivo ao lazer e ambientes de trabalho saudáveis se tornam diferenciais competitivos em um mercado cada vez mais dinâmico.

Em 2.025, o bem-estar deixará de ser uma simples tendência para se consolidar como uma necessidade estratégica para o sucesso dos negócios, a retenção de talentos e a criação de uma sociedade mais feliz e saudável.

Compartilhe