Com o aumento das temperaturas, cresce a incidência do aparecimento de escorpiões. No atendimento às vítimas, cada minuto é valioso e os profissionais de saúde devem estar preparados. Por isso, a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) dispõe de e-book, em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde, para orientar as instituições da rede filantrópica para atendimento a essas ocorrências, já que elas são responsáveis por mais de 50% das demandas totais do SUS e, além disso, os únicos equipamentos de saúde em 146 municípios paulistas.
O material é voltado a gestores de saúde, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), hospitais, Pronto Atendimentos (PAs), profissionais de saúde, lideranças de atendimento ao usuário, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) e Conselho dos Secretários Municipais de São Paulo (Cosems).
Menores
As crianças são vítimas preocupantes, uma vez que o risco de óbito é maior. “Quando picadas, choram muito, mas não sabem explicar o que aconteceu. Os pais ou responsáveis só suspeitam, ao encontrarem o escorpião no local ou quando há outros acidentes da mesma natureza na família”, oberva o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti. “Em caso de suspeita, elas devem ser levadas rapidamente a um ponto estratégico ou a centro de referência que ofereça o soro antiescorpiônico”, completa.
Os sintomas variam de acordo com a quantidade do veneno e a massa corporal. Em crianças, ocorre inicialmente choro intenso e abrupto, e, conforme a idade, a identificação do local da dor (normalmente dedos de mãos e pés).
O local da picada poderá (porém, nem sempre) apresentar inchaço e vermelhidão. Posteriormente, há evolução de quadro clínico para sudorese (suor), sonolência (criança fica letárgica) com alternância de agitação (devido à dor intensa).
Passados mais algum tempo, iniciam-se alguns vômitos, que vão se intensificando ao longo do tempo com aumento dos batimentos cardíacos e da respiração. O vômito mostra a necessidade de administrar o soro antiescorpiônico o quanto antes na criança.
Pediatras também podem fazer parte dessa campanha, orientando profissionais de saúde a desconfiarem de picada de escorpião e a encaminharem as crianças de forma correta e ágil para as unidades de referência, ressalta Rogatti. “Quanto mais esclarecimentos, tanto para a população, quanto para os profissionais de saúde, mais vidas podem ser salvas”, conclui.
Federação
Há 65 anos, a Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo (Fehosp) trabalha pela melhoria, profissionalização e modernização da rede hospitalar paulista. Promove para entidades beneficentes uma constante busca por recursos e atualização dos temas mais pertinentes relacionados à saúde, sempre em defesa dos interesses da classe hospitalar.
Fonte: Viviane Bucci viviane@predicado.com.br (reeditado).