Preços do azeite de oliva não vão baixar no mundo todo

Em alta - Preços do azeite de oliva não vão baixar no mundo todo. (Foto: Pixabay free download)

Nas prateleiras, os preços do azeite de oliva continuam nas alturas. Um litro de marcas brasileiras, como as gaúchas Al-Zait, Estância das Oliveiras, Prosperato ou Sabiá, custam por volta de R$ 500,00. Quanto aos importados, principalmente os europeus que estão em uma máxima de preços dos últimos 20 anos, um litro de Orcio Arcobaleno, da produtora italiana Muraglia, sai por R$ 1.200,00. Está muito caro? O italiano Sabatino Tartufi compete com marcas brasileiras e também sai por cerca de R$ 500,00 por litro.

Na Europa, a colheita da safra 2.024/25 começa em outubro e a estimativa é de que os produtores não consigam recuperar as perdas de produção dos últimos anos, com reflexos em dados globais.

Espanha, maior produtor mundial de azeite, mais Itália, Portugal, Grécia, Marrocos, Tunísia e Turquia, Marrocos e Portugal, respondem por 70% da produção global de azeite. Após duas temporadas consecutivas sob pressão, a produção deve permanecer 20% abaixo da média da última década – de 3,065 milhões de toneladas -, de acordo com o International Oil Council.

Em novembro passado, a previsão da entidade para a safra 2.023/24 era de 2,407 milhões de toneladas. Dados revistos levemente para cima, para 2,490 milhões de toneladas, pela publicação Olive Oil Times, especializada neste mercado e com sede nos EUA. Para seus especialistas, que também produzem relatórios à indústria do azeite, “a produção global pode exceder as expectativas, mas não o suficiente para alterar os preços”. A próxima safra de olivas na Europa começa a ser colhida em novembro.

Nos últimos anos, a segurança alimentar global foi afetada por um aumento das condições meteorológicas extremas relacionadas com as alterações climáticas. No caso do azeite, os analistas de mercado acreditam que essas alterações resultarão em nova dinâmica de preços, com o azeite virgem extra de alta qualidade e outros segmentos de mercado se comportando de forma diferente.

As mudanças têm sido caracterizadas por ondas de calor mais quentes, prolongadas e mais frequentes e, quando associadas a consequências, como secas, incêndios florestais e inundações subsequentes após as chuvas, os impactos graves na produção de alimentos são inevitáveis.

O ano mais quente para o qual há registo foi em 2.023. Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), ligada à ONU, 2.024 caminha para superar 2.023.

Fonte: Redação Brasil/Forbes EUA (reeditado).

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